Proteínas
O termo proteína vem do grego proteíos, que significa
‘’aquilo que tem primazia’’ , ‘’ que vem primeiro’’. A razão de tal
terminologia se deve a importância das proteínas para a vida. Elas são as
moléculas mais numerosas, correspondente a mais de 50% de massa de uma célula,
descontando-se a água. Alem disso, sua diversidade e enorme e são encontradas
em todas as partes do organismo.
As proteínas são fundamentais para a formação e a manutenção
do corpo dos seres vivos. Na alimentação, são encontradas em carnes , ovos ,
laticínios, soja, feijões , entre outros alimentos.
Seres das mais diferentes espécies apresentam carboidratos e
lipídios relativamente semelhantes. As proteínas , ao contrario , são
extremamente diferentes. Essa diferença se acentua conforme diminui o grau de parentesco
entre os organismos. Assim as proteínas de uma onça e de uma jaguatirica são
relativamente similares entre si, mas bastante diferentes das de uma samambaia.
De onde viria tamanha diversidade de proteínas. Essa e,
talvez, uma das questões mais importantes da biologia. As proteínas são
sintetizadas pelas células a partir de vinte tipos de moléculas menores, os
aminoácidos.
A ligação peptídica
Em uma proteína há muitas moléculas de aminoácidos unidas. A
união entre dois aminoácidos ocorre por meio de uma ligação denominada ligação
peptídica
A ligação peptídica aconteceu entre o grupo amina de um
aminoácido e o grupo carboxila de outro. A terminação amina perde um hidrogênio
(H), e a terminação carboxila perde uma hidroxila (OH). Dessa maneira, os dois
aminoácidos ficam unidos e há a liberação de uma molécula de água.
Uma cadeia constituída de diversos aminoácidos ligados
recebe o nome de polipeptídios. Uma proteína e formada por um ou mais polipeptídios,
organizados em uma estrutura tridimensional . Essa polipeptídio.
Proteínas simples proteínas conjugadas
As proteínas , quando compostas unicamente de aminoácidos ,
são chamadas de proteínas simples. Entretanto, as cadeias de aminoácidos podem
ser combinadas a outros tipos de compostos, constituindo as proteínas
conjugadas. Nelas, a cadeia que não e formada por aminoácidos e denominada de
grupo prostético. Exemplo de grupos prostéticos são os lipídios, que formam as
lipoproteínas e metais (como ferro, zinco, cobre), que formam as metaloproteínas.
As funções das proteínas
Os seres vivos apresentam milhares de proteínas diferentes
que desempenham diversas funções . Os principais tipos de proteínas são
mencionados a seguir.
Transportadoras: são proteína que se ligam a outras
substancias e facilitam seu transporte dentro do organismo ou da membrana
celular.Exemplos: a hemoglobina presente nas hemácias do sangue, realiza o
transporte de gás oxigênio.
De movimento: são proteínas ligadas a geração de movimento
nas células.Exemplo: a contração muscular envolve a ação de duas proteínas e
actina e a miosina .
Estruturais: são proteínas que auxiliam na sustentação.
Exemplos: o colágeno, que confere resistência e elasticidade a ossos e cartilagens,
alem de sustentar a pele e outros tecidos.
Defesa: são proteínas relacionas ao sistema imunitário. Há
vários tipos dessas moléculas proteicas; as mais conhecidas são os anticorpos
(imunoglobulinas).
Reguladoras: são as que atuam estabelecendo sinais químicos
entre diferentes partes de um organismo, como por exemplo, o hormônio de
crescimento.
Catalíticas: aumentam a velocidade das reações
bioquímicas-são as enzimas.Existem muitas proteínas eu não se encaixam em
nenhuma das categorias acima.Por exemplo, as proteínas anticoagulantes, encontradas em alguns peixes da Antártida ,e algumas com propriedades
elásticas, presentes nas asas dos insetos.
A estrutura espacial das proteínas
A função das proteínas esta intimamente relacionada a seu
formato ou sua estrutura espacial.
Estrutura primaria de uma proteína e a sequencia de seus
aminoácidos, unidos por ligações peptídicas.
Estrutura secundaria: Os aminoácidos que compõem a estrutura
primária têm radicais com cargas elétricas diferentes. Assim, uma vez colocados
lado a lado, esses radicais passam a interagir uns com os outros. Surgem forcas
de repulsão e atração entre os aminoácidos vizinhos, e também entre eles e
outras molécula no meio circundante, principalmente as de água. Essas forcas,
associadas a outros tipos de interação química, atribuem a proteína sua
estrutura secundaria. A estrutura secundaria de uma proteína pode apresentar
uma conformação torcida, semelhante a folhas dobradas ou hélices.
Estrutura terciaria: As proteínas em estrutura secundária
podem sofre dobras e torções sobre si mesmas, formando uma estrutura em três
dimensões, chamada estrutura terciaria. Varias forcas de natureza química
contribuem para estabilizar a estrutura terciaria das proteínas.
Estrutura quaternária: Quando uma proteína e formada pela
união de duas ou mais cadeias polipeptídicas com estrutura terciaria , diz-se
que ha uma estrutura quaternária. Ou seja, a estrutura quaternária representa a
união de varias cadeias polipeptídicas formando uma única molécula maior. A
hemoglobina, um exemplo de molécula proteica com estrutura quaternária, e
formada por quatro subunidades ligadas duas a duas.
Funcionamento das Proteínas
O funcionamento das proteínas depende muito da sua
organização estrutural terciaria e quaternária. A estrutura original de uma
proteína e chamada forma nativa. Caso haja uma mudança na forma nativa, as
estruturas terciárias e quaternárias a proteína serão alteradas, afetando
também sua função. Esse processo e chamado de desnaturação proteica. Se essas
alterações não puderem ser desfeitas, a proteína estará modificada, perdendo
sua função definitivamente.
Um exemplo cotidiano de desnaturação e o aquecimento da
clara dos ovos.
Além do aquecimento, a desnaturação de
proteínas pode ser provocada por processos químicos, como acidificação ou
alcalinização do meio, ação de solventes orgânicos, detergentes, etc.
ENZIMAS
Uma reação química, isto e , o fenômeno pelo qual a meteria
se transforma em novas substancias , pode ser catalisada. A catalise e o
aumento da velocidade de uma reação provocado por uma substancia– no caso, uma
enzima , que participa da reação q e regenerado no final do processo.
A manutenção dos processos fisiológicos necessita que as
reações ocorram em velocidades relativamente altas.
Enzimas catalisam quase todas as reações bioquímicas que
ocorrem nos seres vivos. Cada enzima age a penas sobre certa reação.Parte dessa
especificidade decorre da estrutura terciaria e quaternária da molécula. Assim,
existe uma combinação entre o formato das substancias sobre as quais ela age,
como uma chave com sua fechadura. Como diferentes compostos em diferentes
formas, as enzimas acabam por atuar somente sobre reações especificas.
Ação enzimática
A ação das enzimas requer um conjunto de fatores. Dois dos
mais importantes são a temperatura e o pH. Nos mamíferos, por exemplo, as
enzimas tem seu ponto de máxima atividade ajustado para as temperaturas
corpóreas relativamente constantes desses animais. Se a temperatura sobe ou
desce, a atividade enzimática fica comprometida, e, com isso, todo o conjunto
das reações bioquímica do organismo também.
Ha dois aspectos muito importantes relacionados a ação das
enzimas.
As enzimas não “criam” reações que não existiram se elas
estivessem ausentes. Elas apenas agem sobre as reações bioquímicas que ocorrem
espontânea e independentemente de sua presença.
As enzimas não alteram as concentrações dos componentes das
reações (reagentes e produtos). Ou seja, a soma das quantidades de reagentes e
produtos é a mesma na presença ou na ausência da enzima.
Nomenclatura enzimática
As enzimas são identificadas e nomeadas pelo tipo de reação
que catalisam recebendo o sufixo ase. Por exemplo, a enzima que facilita a
reação de hidrolise (reação química que envolve a participação da água na
quebra de ligação) da ureia e chamada uréase.
Estruturas da Proteína |
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