Primeira lei de Mendel
Gregor Johan Mendel foi um monge agostiniano nascido no ano de 1822 que se interessou em explicar como as características dos pais são transmitidas a seus descendentes. Conhecido como o pai da genética, Mendel realizou todas as suas pesquisas sobre hereditariedade com ervilhas de cheiro (Pisum sativa), escolha que foi uma das razões de seu sucesso com suas pesquisas, pois essa leguminosa apresenta diversas vantagens como fácil cultivo, produção de grande quantidade de sementes, ciclo de vida curto, além de características contrastantes e de fácil identificação. Outro fato que contribuiu para o sucesso das pesquisas de Mendel foi que ele analisou apenas uma característica de cada vez, sem se preocupar com as demais características.
Em seus experimentos, Mendel teve o cuidado de utilizar
apenas plantas de linhagens puras, por exemplo, plantas de sementes verdes
que só originassem sementes verdes e plantas de sementes amarelas que só
originassem sementes amarelas. Após 2 anos, durante seis gerações que ele
constatou que tal planta, era pura. Se durante essas gerações as plantas originassem
indivíduos diferentes da planta inicial, elas não eram consideradas puras, mas
se ocorresse o contrário e elas só originassem descendentes com as mesmas
características da planta inicial, eram consideradas puras.
Uma vez constatado que as plantas eram puras, Mendel
escolheu uma característica, por exemplo, plantas puras de sementes amarelas
com plantas puras de sementes verdes, e realizou o cruzamento. Essa primeira
geração foi chamada de geração parental ou geração P. Como
resultado desse cruzamento, Mendel obteve todas as sementes de cor amarela e a
essa geração denominou de geração F1. Os indivíduos obtidos nesse
cruzamento foram chamados por Mendel de híbridos, pois eles descendiam de
pais com características diferentes.
Em seguida, Mendel realizou uma autofecundação entre os
indivíduos da geração F1, chamando essa segunda geração de geração
F2. Como resultado dessa autofecundação, Mendel obteve três sementes
amarelas e uma semente verde (3:1). A partir dos resultados obtidos, Mendel
concluiu que como a cor verde não apareceu na geração F1, mas reapareceu na
geração F2, as sementes verdes tinham um fator que era recessivo, enquanto
as sementes amarelas tinham um fator dominante. Por esse motivo, Mendel chamou
as sementes verdes de recessivas e as sementes amarelas de dominantes.
Em diversos outros experimentos, Mendel observou
características diferentes na planta, como altura da planta, cor da flor, cor
da casca da semente, e notou que em todas elas algumas características sempre
se sobressaíam às outras.
Diante desses resultados, Mendel pôde concluir que:
- Cada ser vivo é único e possui um par de genes para cada característica;
- As características hereditárias são herdadas metade do pai e metade da mãe;
- Os genes são transmitidos através dos genes;
- Os descendentes herdarão apenas um gene de cada característica de seus pais, ou seja, para uma determinada característica, haverá apenas um gene do par, tanto da mãe quanto do pai.
Dessa forma, podemos enunciar a primeira lei de Mendel,
também chamada de lei da segregação dos fatores da seguinte forma:
“Todas as características de um indivíduo são determinadas por genes que se
segregam, separam-se, durante a formação dos gametas, sendo que, assim, pai e
mãe transmitem apenas um gene para seus descendentes”.
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