terça-feira, 29 de novembro de 2016

Divisão Celular

A divisão celular se trata da capacidade de uma célula se dividir dando origem a outras células. Essa capacidade é de suma importância para todos os organismos vivos. Por exemplo, os organismos pluricelulares, como os humanos, contêm dezenas de milhões de células. Entretanto, esse complexo organismo foi gerado à partir de uma única célula denominada célula ovo. Além disso, as divisões celulares são, também, as responsáveis pela regeneração de diversos órgãos, como o fígado. Sob uma ótica mais elementar, a própria célula ovo, mencionada anteriormente, só pode existir graças às divisões celulares que originam os gametas masculinos e femininos. Com relação aos organismos unicelulares, esse processo de gerar outras células também se mostra fundamental pra a geração e o crescimento de uma colônia.
A divisão celular não é um processo que ocorre do nada e por acaso. Esse processo é estimulado, interrompido e controlado por fatores genéticos e pela sinalização química de diversas substâncias. Isso quer dizer que a frequência, quando e como vai ocorrer depende da espécie que pertence a célula e, também, de substâncias que desencadearão eventos que culminarão na divisão celular.
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Em relação ao que, de fato, é a divisão celular, é necessário dividirmos as células em dois grupos. O primeiro se trata das células somáticas. Esse grupo representa a maior parte das células do corpo e, nos humanos, possuem 23 pares de cromossomos totalizando 46. Elas são as células que compõem os órgãos, como fígado, pulmão, coração, entre outros. O outro grupo é denominado de células sexuais. Esse tipo celular possui vinte e três cromossomos, metade dos presentes nas células somáticas. Esse grupo celular se trata dos gametas que, em geral, são os responsáveis pela existência da reprodução sexuada.
Ao saber desses dois grupos de células, somáticas e sexuais, é bastante razoável pensar que elas não são geradas da mesma forma. E isso, realmente, é o que acontece. As células podem se dividir de duas formas distintas, pela meiose ou pela mitose. Ambos são eventos complexos em que uma célula dá origem à outras. Entretanto, existem várias diferenças entre eles.
Comparação ente Mitose e Meiose


Mitose 

A mitose se trata de uma sequência de eventos que, ao final, uma célula, denominada célula mãe, dá origem a duas outras células, as células filhas. A principal característica da mitose é que as células filhas possuem o mesmo número de cromossomos que a célula mãe. Além disso, não ocorre recombinação genética durante o processo, isso é, as células filhas se tratam de cópias da célula mãe. Dessa forma, esse tipo de divisão celular está relacionado com a reprodução assexuada, crescimento do organismo ou da colônia e da regeneração tecidual.


Meiose

A meiose, por sua vez, é um tanto quanto diferente. Embora também se trate de uma sequência de eventos, na meiose a célula mãe dá origem a quatro outras células. A característica principal é que essas quatro células geradas contêm apenas metade dos cromossomos da progenitora. Assim, a meiose se relaciona com a formação dos gametas e com a reprodução sexuada.


Células Vegetais e Animais

 Os inúmeros estudos e observações de células realizadas ao longo do século XIX, bem como a melhoria na qualidade óptica dos microscópios, tornaram evidente que as células vegetais apresentam um padrão de organização bem diferente do das células animais, embora todas tenham as mesmas estruturas fundamentais: membrana, citoplasma e núcleo.

Célula Animal

As células animais apresentam uma estrutura organizada, envolvida por uma parede celular que delimita e protege o material genético presente em seu núcleo.
Dentro dela, encontramos diversas organelas: núcleo, material genético, ribossomos, lisossomos, centríolos, mitocôndrias, etc.
As células animais têm a função de originar tecidos e órgãos que apresentam funcionalidades complementares. Cada organela presente na célula desempenha uma função específica.

 Célula Vegetal

               
A célula vegetal é semelhante à célula animal mas contém algumas peculiaridades como a parede celular e os cloroplastos.
 A parede celular é uma característica exclusiva de células vegetais, ela tem por função proteger e da forma às células adultas. É formada principalmente por celulose.
 Os cloroplastos são plastos de clorofila, são eles que são os responsáveis pela fotossíntese. Eles estão presentes somente em células expostas à luz. 

 Assim como na célula animal, a célula vegetal realiza vários tipos de funções com o propósito de manter seu equilíbrio e vida.

Introdução á Citologia

Na Holanda do século XVI, Hans Janssen e seu filho Zacharias, fabricantes de óculos, descobriram duas lentes, alinhadas e montadas em um tubo, proporcionavam grande aumento nas imagens, permitindo visualizar objetos muito pequenos, antes invisíveis a olho nu. Estavam lançadas as bases para a criação do microscópio, cujo desenvolvimento levaria a um dos mais importantes avanços a biologia: descoberta da célula.
Na segunda metade do século XVII, o holandês  Antony van Leeuwenhoek, e o inglês Robert Hooke, construíram seus próprios microscópios e fizeram importantes descobertas relacionadas a constituição dos seres vivos. Na mesma época, Nehemiah Grew, na Inglaterra, e Marcelo Malpighi, na Itália, confirmaram e ampliaram essas observações.
No século XX, com o surgimento dos microscópios eletrônicos, descobriu-se que o interior da célula é ocupado por muitas e variadas estruturas altamente especializadas, responsáveis pelas funções capazes de manter a célula viva. As semelhanças observadas na estrutura básica das células dos diferentes organismos sugeriam um padrão comum em sua organização, o que reforçou as ideias de que os primeiros seres vivos eram de fato um unicelulares e que os demais organismos evoluíram a partir deles.

Os primórdios da citologia

O microscópio do holandês Anton van Leeuwenhoek, era constituído de uma placa de metal com um orifício onde se encaixava uma lente de vidro. Microscópios como esses são ditos microscópios simples. Com eles, Leeuwenhoek pôde ver hemácias e espermatozoides e, observando gotas de águam, descobriu, por exemplo, algas, protozoários e bactérias.
Ainda no século XVII, na Inglaterra, o pesquisador Robert Hooke construiu um microscópio conforme as descobertas e instruções dos Janssen, isto é, um microscópio composto, formado por um tubo e duas lentes. Com ele Hooke fez sua mais importante contribuição para a biologia. Investigando as propriedades da cortiça, um tecido morto presente na casca de certas árvores, e examinando sua estrutura ao microscópio, Hooke julgou que o aspecto poroso do material se assemelhava a um favo de mel. Os compartimentos sextavados de um favo de mel  eram chamados cellulae. Hooke comparou cada um dos compartimentos a pequenas “celas” e chamou-os de células.
As descobertas feitas por esses dois microscopistas estimularam outras pessoas a construir microscópios e fazer observações.

A teoria celular

Matthias Schleiden, com base em observações de cortes de plantas ao microscópio, ele formulou um conceito novo a respeito desses organismos, segundo o qual as plantas eram constituídas por unidades muito pequenas -as células- e seu crescimento seria o resultado da formação de novas células.
 A contribuição de Theodor Schwann,mais importante para a biologia, veio de seu encontro com Schleiden, entre 1837 e 1838, com quem discutiu as semelhanças entre o núcleo das células animais e vegetais. Schwann estava convencido de que os animais, assim como as plantas estudadas por Schleiden, eram todos formados por células.
Anos mais tardes, Rudolf Virchow, de nacionalidade alemã, concluiu que as doenças, assim como a própria vida, ocorriam no nível da célula. Virchow concluiu também que todas as células se originavam de outras células preexistentes e resumiu sua conclusão em uma frase em latin que se tornou famosa no meio científico: Omnis cellula e cellula, que signififca “toda célula vem de outra célula”. Seus estudos contribuíram para consolidar o que ficou conhecido como teoria celular.
Mais tarde, em 1935, quando o estadunidense Wendell Stanley conseguiu isolar os vírus e observa-los ao microscópio, descobriu-se uma exceção em relação a esse tipo de organização: os vírus são considerados acelulares.

Observações ao microscópio
Embora as células já fossem desde o século XVII, foi durante o século XIX que alguns dos maiores avanços no conhecimento sobre a organização celular foram alcançados. Isso se deveu principalmente ao desenvolvimento de técnicas de observação que permitiram a visualização de detalhes ate então desconhecidos.
Para serem observadas ao microscópio de luz, as células podem estar vivas ou não. Quando estão vivas, a observação é chamada de exame a fresco e permite observar a locomoção de organismos unicelulares. Mas, co mo as estruturas celulares em geral não apresentam cor, o exame a fresco não revela muitos detalhes. As melhores e mais detalhadas observações são feitas com material corado. O uso de corantes, porem, frequentemente mata as células. Portanto, é preciso que o material seja previamente preparado a fim de preservar melhor suas características. A preparação ocorre em duas etapas.
Fixação: consiste em matar a célula usando um liquido fixador, como o álcool etílico, o formol, o acido acético e outros, de maneira a preservar ao Maximo suas propriedades.
Coloração: trata-se de aplicar um ou mais corantes a fim de tornar mais evidentes determinadas partes da célula. Para ser observada, entretanto, a célula deve ser atravessada pela luz. Por tanto, a coloração deve preservar ao Maximo a transparência do material. Existem diversos tipos de corantes, cada um apropriado para evidenciar determinadas estruturas celulares.
Para garantir a transparência do material a ser observado, ele deve ser cortado em fatias muito finas, que são colocadas sobre uma lamina de vidro e cobertas com uma lamínula. Amostras líquidas são espalhadas na lamina, enquanto os outros materiais são esmagados.

Novas descobertas
 O fato de os diferentes corantes terem afinidade por diferentes partes da célula levou a duas descobertas. Toda célula tem um limite bem definido, responsável pela contenção de tudo que esta em seu interior (alguns corantes, após a lavagem da amostra, permaneciam “presos” dentro da célula, enquanto o restante do campo visual ficava limpo e transparente). Embora não conseguissem ver a estrutura que delimitava a célula, os cientistas se basearam nessa observação para prever a existência da membrana celular, também chamada de membrana plasmática.

As células apresentam inúmeras estruturas alem do núcleo, espalhadas por todo o seu interior. Os citologistas rapidamente perceberam que o interior das células era constituído pior um tipo de liquido de aspecto viscoso, que foi chamado de citoplasma, que preenchia todo o interior da célula. O aspecto do citoplasma podia variar de um tipo celular para outro, mas parecia haver uma estrutura em seu interior, quase sempre esférica ou ovulada, que ficava bastante evidente alguns processos de coloração. Em 1833, o pesquisador escocês Robert Brown propôs a ideia de que essa estrutura seria parte fundamental de todas as células, dando-lhe o nome de núcleo. A partir dessa época, os biólogos passaram a aceitar que todas as células eram constituídas por três partes fundamentais: a membrana, o citoplasma e o núcleo.

 Microscópio de luz


O microscópio óptico composto, ou microscópio de luz, é constituído basicamente por duas lentes ou dois conjuntos de lentes: a ocular, que fica próximo do olho do observador, e a objetiva, próxima do objeto a ser observado.
Nesse tipo de microscópio, a luz (vinda do ambiente ou de uma lâmpada) precisa atravessar o material a ser observado, razão pela qual o objeto não pode ser muito espesso e deve apresentar alguma transparência. Para intensificar a luz que atravessa o objeto, existe um condensador, uma lente que concentra os feixes de luz antes de chegarem ao objeto. É possível regular a passagem da luz por meio do diafragma.
A objetiva produz uma imagem bastante aumentada do objeto. As objetivas comumente encontradas em microscópios de luz tem aumentos de 10,40,100 vezes. A imagem produzida pela objetiva é então captada e ampliada pela ocular antes de chegar ao observador. As oculares mais comuns aumentam a imagem entre 5 e 20 vezes.
Algumas objetivas são preparadas para imersão em óleo ou água. A imersão consiste em colocar uma gota de água ou de óleo sobre a lamínula de vidro que recobre a amostra e encostar a objetiva no liquido, obtendo assim aumentos ainda maiores. As objetivas para a imersão são construídas especialmente para esse fim.

Resolução
Uma das características mais importantes de um microscópio é o seu poder de resolução. Dele depende a capacidade de um microscópio de mostrar detalhes com nitidez. A resolução pode ser entendida como a capacidade de distinguir dois pontos muito próximos no campo visual, permitindo vê-los com imagens distintas. O limite de resolução para um olho humano é de 0,1 mm, ou seja, dois pontos que estejam a uma distancia menor que essa são vistos como um único ponto. Os microscópios de luz têm um limite de resolução próximo de 0,0002 mm, o que permite ver as estruturas celulares de maior tamanho, como o núcleo.

Aumento
O aumento final alcançado por um microscópio composto, também chamado de aumento nominal, é resultado da multiplicação dos aumentos proporcionados pela objetiva e pela ocular. Por exemplo, se um objeto é observado com uma objetiva que aumenta 40 vezes, e a ocular amplia 20 vezes essa imagem, o aumento nominal será de 800 vezes (20x40= 800). Em geral, os maiores aumentos obtidos com microscópio de luz raramente ultrapassam 1500 vezes.
Microscópio de Luz
Célula Bucal vista por um Microscópio de Luz



Microscópio eletrônico


O surgimento do microscópio eletrônico representou, para a biologia, uma revolução em relação a compreensão da estrutura e do funcionamento da célula. Enquanto os microscópios de luz permitem aumentos máximos de1500 vezes, o microscópio eletrônico supera facilmente a barreira de 100 mil vezes. Aumentos dessa ordem permitem ver detalhadamente a chamada ultraestrutura interna da célula.
O microscópio eletrônico, desenvolvido no inicio dos anos 1930 pelos cientistas alemães Max Knoll e Ernst Ruska, utiliza feixe de elétrons em vez de luz. Imãs direcionam os eletros ate uma tela fluorescente ou um filme fotográfico para criar uma imagem, sempre em preto e branco. Para destacar algumas estruturas, as imagens podem ser coloridas artificialmente.
Os microscópios desse tipo mais utilizados são o microscópio eletrônico de transmissão e o microscópio eletrônico de varredura.


Microscópio eletrônico de transmissão (MET)
Nesse tipo de microscópio, o feixe de elétrons atravessa a amostra. O material a ser observado deve estar preparado na forma de fatias muito finas, entre 50 nm e 70 nm de espessura (1 nm, um nanômetro, corresponde a um milionésimo de milímetro).
Como a composição química das diferentes estruturas da célula varia muito, algumas regiões deixam passar os elétrons com facilidade, enquanto outras áreas bloqueiam a maior parte do feixe. Os elétrons que atravessam a estrutura observada atingem uma placa, na base do tubo, revestida com um material fluorescente, isto é, um material capaz de emitir luz quando atingido pelos elétrons. Produz-se, assim, uma imagem da amostra. Uma superfície fotossensível (filme, papel fotográfico ou sensor digital) pode ser colocada na base para a produção de uma imagem fotográfica (micrografia).
Microscópio Eletrônico de Transmissão




Microscópio eletrônico de varredura (MEV)
Na década de 1950, foi desenvolvido o primeiro microscópio eletrônico de varredura, que permite observar superfície dos objetos com grande nitidez. As imagens, tridimensionais, são ricas em detalhes do relevo superficial.
Seu funcionamento se da por meio de sensores que captam os eletros refletidos pela superfície da amostra, que, para isso, deve ser capaz de conduzir eletricidade. Por essa razão, as amostras devem ser preparadas em câmera de vácuo, onde é pulverizada uma fina camada de metal (ouro ou tungstênio, por exemplo).

O objeto não é visto diretamente; a corrente elétrica que atinge os sensores é conduzida a um dispositivo de imagem, como um monitor de TV, ou a um sistema digital de processamento computadorizado.
Microscópio Eletrônico de Varredura

Ácidos Nucleicos

O termo ácido nucleico deriva do caráter acido de suas moléculas e por elas terem sido isoladas, primeiramente, a partir de material do núcleo celular.
Moléculas de DNA, um tipo de acido nucleico, são transmitidas durante a reprodução dos seres vivos. Elas carregam, de geração em geração, informações para a produção de proteínas.

O DNA e o RNA

São encontrados dois tipos de ácidos nucleicos nas células.
Acido desoxirribonucleico:, ou DNA. O DNA e uma molécula muito longa, geralmente formadas por duas cadeias (ou fitas) unidas.

Acido ribonucleico: ou RNA. Embora o RNA também seja uma molécula longa, ela e menor que a do DNA e, em geral e formada por uma única cadeia. As moléculas de RNA são encontradas mais dispersas, tanto no núcleo quanto no citoplasma, e tendem a ser mais abundante que as do DNA.

Nucleotídios
Tanto o DNA como o RNA são formados por moléculas menores, encadeadas, chamadas nucleotídeos. Cada nucleotídeo e composto de três elementos: base nitrogenada, pentose e grupo fosfato.
As bases nitrogenadas podem ser divididas em dois grupos: purinas e pirimidinas. No grupo das purinas estão a adenina (A) e a guanina (G). As pirimidinas são a citosina (C), a timina (T) e a uracila (U).
Adenina, guanina e citosina estão presentes tanto no DNA como no RNA. Algumas diferenças entre esses ácidos nucleicos são listadas a seguir.

RNA: possui uracila (U), mas não possui timina. Além disso, a pentose é chamada ribose.

DNA: apresenta timina(T) e não uracila. A pentose e a desoxirribose.


Estrutura espacial do DNA
Os nucleotídeos de cada fita são unidos por ligações chamadas fosfodiéste. Assim como acontece com as proteínas, a sequencia de nucleotídeos corresponde a estrutura primaria da molécula de DNA.
A estrutura secundaria corresponde ao enrolamento das fitas em uma disposição helicoidal (chamada dupla-hélice).
As fitas duplas do DNA tem, ainda, outro tipo importante de arranjo especifica. Se numa fita existe uma adenina em determinada posição, na outra fita, em posição correspondente, ha uma timina. E, se em uma fita ha uma citosina numa certa posição, ha uma guanina na posição correspondente na outra fita. Dessa maneira, ocorre o chamado pareamento das bases, que leva a formação dos pares A T e dos pares G C entre as fitas. O pareamento de bases esta relacionado a conformação espacial da dupla-hélice.

Desnaturalização e hibridização do DNA
Da mesma maneira que as proteínas, o DNA também pode ser desnaturado quando submetido a temperaturas elevadas e extremos do pH. Assim, o DNA em ambiente neutro e a temperatura ambiente forma soluções bastante viscosas. Essa viscosidade diminuiu muito quando a solução é aquecida a 90 ºC o que indica uma mudança estrutural no DNA. Entretanto, diferentemente do que ocorre com proteínas, essa desnaturação pode ser reversível.

De fato, a desnaturação provoca ruptura das ligações de hidrogênio que mantém as fitas unidas, e as fitas tendem a desprender-se uma das outras. No entanto, as ligações entre nucleotídeos de uma mesma fita não são alteradas. Por isso ha a possibilidade de reverter a desnaturação, abaixando-se a temperatura, por exemplo. Nesse caso haverá um restabelecimento da fita dupla com o emparelhamento das bases, como estavam anteriormente. 


Proteínas

O termo proteína vem do grego proteíos, que significa ‘’aquilo que tem primazia’’ , ‘’ que vem primeiro’’. A razão de tal terminologia se deve a importância das proteínas para a vida. Elas são as moléculas mais numerosas, correspondente a mais de 50% de massa de uma célula, descontando-se a água. Alem disso, sua diversidade e enorme e são encontradas em todas as partes do organismo.
As proteínas são fundamentais para a formação e a manutenção do corpo dos seres vivos. Na alimentação, são encontradas em carnes , ovos , laticínios, soja, feijões , entre outros alimentos.
Seres das mais diferentes espécies apresentam carboidratos e lipídios relativamente semelhantes. As proteínas , ao contrario , são extremamente diferentes. Essa diferença se acentua conforme diminui o grau de parentesco entre os organismos. Assim as proteínas de uma onça e de uma jaguatirica são relativamente similares entre si, mas bastante diferentes das de uma samambaia.
De onde viria tamanha diversidade de proteínas. Essa e, talvez, uma das questões mais importantes da biologia. As proteínas são sintetizadas pelas células a partir de vinte tipos de moléculas menores, os aminoácidos.

A ligação peptídica
Em uma proteína há muitas moléculas de aminoácidos unidas. A união entre dois aminoácidos ocorre por meio de uma ligação denominada ligação peptídica
A ligação peptídica aconteceu entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxila de outro. A terminação amina perde um hidrogênio (H), e a terminação carboxila perde uma hidroxila (OH). Dessa maneira, os dois aminoácidos ficam unidos e há a liberação de uma molécula de água.
Uma cadeia constituída de diversos aminoácidos ligados recebe o nome de polipeptídios. Uma proteína e formada por um ou mais polipeptídios, organizados em uma estrutura tridimensional . Essa  polipeptídio.

Proteínas simples proteínas conjugadas
As proteínas , quando compostas unicamente de aminoácidos , são chamadas de proteínas simples. Entretanto, as cadeias de aminoácidos podem ser combinadas a outros tipos de compostos, constituindo as proteínas conjugadas. Nelas, a cadeia que não e formada por aminoácidos e denominada de grupo prostético. Exemplo de grupos prostéticos são os lipídios, que formam as lipoproteínas e metais (como ferro, zinco, cobre), que formam as metaloproteínas.

As funções das proteínas

Os seres vivos apresentam milhares de proteínas diferentes que desempenham diversas funções . Os principais tipos de proteínas são mencionados a seguir.
Transportadoras: são proteína que se ligam a outras substancias e facilitam seu transporte dentro do organismo ou da membrana celular.Exemplos: a hemoglobina presente nas hemácias do sangue, realiza o transporte de gás oxigênio.

De movimento: são proteínas ligadas a geração de movimento nas células.Exemplo: a contração muscular envolve a ação de duas proteínas e actina e a miosina .

Estruturais: são proteínas que auxiliam na sustentação. Exemplos: o colágeno, que confere resistência e elasticidade a ossos e cartilagens, alem de sustentar a pele e outros tecidos.

Defesa: são proteínas relacionas ao sistema imunitário. Há vários tipos dessas moléculas proteicas; as mais conhecidas são os anticorpos (imunoglobulinas).

Reguladoras: são as que atuam estabelecendo sinais químicos entre diferentes partes de um organismo, como por exemplo, o hormônio de crescimento.

Catalíticas: aumentam a velocidade das reações bioquímicas-são as enzimas.Existem muitas proteínas eu não se encaixam em nenhuma das categorias acima.Por exemplo, as proteínas anticoagulantes, encontradas em alguns peixes da Antártida ,e algumas com propriedades elásticas, presentes nas asas dos insetos.

    
       A estrutura espacial das proteínas
A função das proteínas esta intimamente relacionada a seu formato ou sua estrutura espacial.

Estrutura primaria de uma proteína e a sequencia de seus aminoácidos, unidos por ligações peptídicas.

Estrutura secundaria: Os aminoácidos que compõem a estrutura primária têm radicais com cargas elétricas diferentes. Assim, uma vez colocados lado a lado, esses radicais passam a interagir uns com os outros. Surgem forcas de repulsão e atração entre os aminoácidos vizinhos, e também entre eles e outras molécula no meio circundante, principalmente as de água. Essas forcas, associadas a outros tipos de interação química, atribuem a proteína sua estrutura secundaria. A estrutura secundaria de uma proteína pode apresentar uma conformação torcida, semelhante a folhas dobradas ou hélices.

Estrutura terciaria: As proteínas em estrutura secundária podem sofre dobras e torções sobre si mesmas, formando uma estrutura em três dimensões, chamada estrutura terciaria. Varias forcas de natureza química contribuem para estabilizar a estrutura terciaria das proteínas.

Estrutura quaternária: Quando uma proteína e formada pela união de duas ou mais cadeias polipeptídicas com estrutura terciaria , diz-se que ha uma estrutura quaternária. Ou seja, a estrutura quaternária representa a união de varias cadeias polipeptídicas formando uma única molécula maior. A hemoglobina, um exemplo de molécula proteica com estrutura quaternária, e formada por quatro subunidades ligadas duas a duas.

Funcionamento das Proteínas

O funcionamento das proteínas depende muito da sua organização estrutural terciaria e quaternária. A estrutura original de uma proteína e chamada forma nativa. Caso haja uma mudança na forma nativa, as estruturas terciárias e quaternárias a proteína serão alteradas, afetando também sua função. Esse processo e chamado de desnaturação proteica. Se essas alterações não puderem ser desfeitas, a proteína estará modificada, perdendo sua função definitivamente.
Um exemplo cotidiano de desnaturação e o aquecimento da clara dos ovos.
Além do aquecimento, a desnaturação de proteínas pode ser provocada por processos químicos, como acidificação ou alcalinização do meio, ação de solventes orgânicos, detergentes, etc.

ENZIMAS

Uma reação química, isto e , o fenômeno pelo qual a meteria se transforma em novas substancias , pode ser catalisada. A catalise e o aumento da velocidade de uma reação provocado por uma substancia– no caso, uma enzima , que participa da reação q e regenerado no final do processo.
A manutenção dos processos fisiológicos necessita que as reações ocorram em velocidades relativamente altas.
Enzimas catalisam quase todas as reações bioquímicas que ocorrem nos seres vivos. Cada enzima age a penas sobre certa reação.Parte dessa especificidade decorre da estrutura terciaria e quaternária da molécula. Assim, existe uma combinação entre o formato das substancias sobre as quais ela age, como uma chave com sua fechadura. Como diferentes compostos em diferentes formas, as enzimas acabam por atuar somente sobre reações especificas.

Ação enzimática

A ação das enzimas requer um conjunto de fatores. Dois dos mais importantes são a temperatura e o pH. Nos mamíferos, por exemplo, as enzimas tem seu ponto de máxima atividade ajustado para as temperaturas corpóreas relativamente constantes desses animais. Se a temperatura sobe ou desce, a atividade enzimática fica comprometida, e, com isso, todo o conjunto das reações bioquímica do organismo também.
Ha dois aspectos muito importantes relacionados a ação das enzimas.
As enzimas não “criam” reações que não existiram se elas estivessem ausentes. Elas apenas agem sobre as reações bioquímicas que ocorrem espontânea e independentemente de sua presença.
As enzimas não alteram as concentrações dos componentes das reações (reagentes e produtos). Ou seja, a soma das quantidades de reagentes e produtos é a mesma na presença ou na ausência da enzima.

Nomenclatura enzimática

As enzimas são identificadas e nomeadas pelo tipo de reação que catalisam recebendo o sufixo ase. Por exemplo, a enzima que facilita a reação de hidrolise (reação química que envolve a participação da água na quebra de ligação) da ureia e chamada uréase.

Estruturas da Proteína
Alimentos ricos em Proteínas


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