terça-feira, 27 de março de 2018

A Origem dos Tetrápodes

Nosso conhecimento sobre a origem dos Tetrapoda está avançando rapidamente. Os primeiros tetrápodes conhecidos datam do final do Devoniano, há 360 milhões de anos. Até bem recentemente, o gênero Ichthyostega (encontrado no leste da Groenlândia, em 1932), era o único representante bem conhecido dos primeiros tetrápodes. Todavia, nas últimas décadas, descobrimos mais material oriundo deste sítio fóssil, incluindo crânios e esqueletos de um gênero distinto, o Acanthostega, um animal mais semelhante aos peixes do que o Ichthyostega.

Materiais fósseis fragmentados, de outros tetrápodes do final do Devoniano, também foram encontrados na região de Latvia, na Escócia, na Austrália, na Ásia e na América do Norte. A análise destes novos espécimes se concentrou em traços derivados e tal perspectiva enfatizou a seqüência na qual as características dos tetrápodes foram adquiridas. O intervalo entre os peixes e os tetrápodes foi diminuído; e parece que os primeiros tetrápodes eram muito mais parecidos com os peixes do que acreditávamos. Estas informações fornecem as bases para hipóteses sobre a  ecologia dos animais na transição entre a vida aquática e a terrestre.

O cenário seguinte na história dos tetrápodes foi sua radiação em diferentes linhagens e em tipos ecológicos distintos, durante o final da Era Paleozóica e na Era Mesozóica. No início do Carbonífero, os tetrápodes se dividiram em duas linhagens, distinguidas em parte, pela forma na qual a calota craniana é posicionada em relação à porção caudal do crânio. Uma destas linhagens é a dos batracomorfos, a qual inclui os Temnospondyli – o maior e mais duradouro grupo de tetrápodes não amniotas primitivos extintos.  Algumas linhagens de Temnospondyli chegaram até o Cretáceo e ao menos alguns dos anfíbios viventes podem ser derivados destes animais.
A segunda linhagem inicial dos tetrápodes, os reptilomorfos, contém uma ampla gama de animais, tanto não amniotas quanto amniotas. Os ancestrais imediatos dos principais grupos de amniotas apareceram no final do Carbonífero. Eles eram animais pequenos e ágeis, apresentando modificações, no esqueleto e nas mandíbulas, que sugerem que se alimentavam de invertebrados terrestres.

Referências: POUGH, F. H.; JANIS, C.M.; HEISER, J.B. A vida dos Vertebrados. Trad. [Ana Maria de Souza, Paulo Auricchio]. – 4° ed. – São Paulo: Atheneu Editora, 2008.

Eras Geológicas

os


As Eras Geológicas representam cada uma das grandes divisões do tempo geológico do planeta.

Desde a origem da terra, idade estimada em cerca de 4,6 bilhões de anos, a mesma do sistema solar, calculada a partir do estudo de meteoritos, passaram-se quatro Eras. Da mais antiga a mais recente são: Pré-cambriana, Paleozóica, Mesozóica e a Cenozóica.


As eras, por sua vez, podem ser subdivididas em etapas menores denominadas períodos, e esses, em épocas.

Dessa forma, as Eras se subdividem em:


Portanto, a história da Terra divide-se em várias etapas, que correspondem às principais fases de seu desenvolvimento. Na passagem da Era Pré-Cambriana para a Paleozóica ocorreu uma súbita expansão e diversificação dos animais.

O marco divisor entre a Paleozóica e a Mesozóica representa a extinção de muitos grupos de animais e vegetais, e a formação do supercontinente Pangéia. E a transição da Mesozóica para a Cenozóica caracteriza-se pelo desaparecimento de grandes répteis e de vários animais marinhos.

Surto de conjutivite: causas, sintomas, tratamentos e prevenção


terça-feira, 13 de março de 2018

O Desafio de Darwin - Filme Completo

Nossa professora e orientadora deste blog, Márcia Araujo, nos indicou estes dois filmes, que conta uma parte da história de Charles Darwin e sua colaboração para a biologia e o estudo dos indivíduos.













Darwinismo

Darwinismo é o conjunto dos estudos e teorias relativas à evolução das espécies, desenvolvidos pelo naturalista inglês Charles Darwin (1808-1882).
A teoria da evolução defende que todas as espécies descendem de ancestrais comuns que ao longo do tempo geológico foram sofrendo alterações.
Essas modificações são imperceptíveis de uma geração para outra, porém, ao longo do tempo, quando somadas e acumuladas, tornam-se perceptíveis e justificam as diferenças entre as novas espécies assim originadas.

Origem do Darwinismo
O século XVI foi para os europeus a época de grandes aventuras, cujos reflexos marcariam fortemente todo o futuro desenvolvimento. A era das descobertas de novos povos, animais e plantas, fez com que a imutável rigidez da criação sofresse o impacto da dúvida.
As especulações filosóficas encontraram terreno fértil na concepção da evolução biológica. A Geologia e a História Natural começaram a demonstrar que a idade da Terra é muito superior à que se pensava e que o homem existia há mais tempo do que se supunha.
A contribuição científica decisiva para essas dúvidas, veio no século seguinte, com os trabalhos de Charles Darwin, que estabeleceu os principais mecanismos através dos quais qualquer espécie animal, inclusive o homem, evolui a partir de formas mais simples ou como resultado da necessidade de melhor adaptação ao seu ambiente.


Os tentilhões de Darwin. Essas aves possuem bicos diferentes adaptados a diferentes tipos de grãos.
Durante vinte anos Charles Darwin reuniu provas para apoiar suas teorias, enquanto continuava os estudos que começara durante a viagem de cinco anos, como naturalista, fazendo levantamentos da costa sul americana.

Evolucionismo e Seleção Natural
A teoria da evolução proposta por Darwin tem como ideia básica a seleção natural, observada na natureza. As pequenas variações casuais que aparecem nos organismos fazem com que suas probabilidades de sobrevivência e reprodução sejam distintas.
Ou seja, uma determinada característica, quando presente num organismo, pode fazer com que ele se adapte mais facilmente no ambiente e seja mais bem sucedido do que outro, da mesma espécie, que não possua aquela característica. Dessa forma, o ambiente atua como selecionador das características mais favoráveis, em detrimento de outras.
Os organismos que possuem as características mais “favoráveis” têm mais possibilidades de sobrevivência que os outros e maior oportunidade de reprodução. Assim, as características “favoráveis” serão transmitidas aos seus descendentes.
Dessa forma, de geração em geração, a população torna-se mais adaptada ao meio ambiente. Essa seleção natural leva normalmente centenas ou até milhões de anos para produzir efeitos aparentes na população.

Darwinismo e o Macaco
Em 1859 Darwin publicou o livro “Origens das espécies”, que esgotou em um único dia, os 1250 exemplares. O volume é todo ele um longo argumento a favor de sua teoria da evolução, o que desencadeou muita controvérsia.
O que fica claro em seus escritos é que todos os seres vivos, inclusive o homem, modificam-se ao longo do tempo. Para os leigos da época, o cientista teria formulado a teoria segundo a qual o homem descende do macaco, mas isso nunca foi afirmado por ele.

Caricatura de Darwin feita pelo francês André Gill em 1878, ridicularizando a teoria de Darwin.
A dedução de sua teoria é que o homem, assim como o macaco, evoluiu a partir de um ancestral comum originando espécies mais simples e continuou evoluindo. A coragem de enfrentar muitos dogmas religiosos e as ideias fixas de toda uma época trouxeram a Darwin muitos problemas com a Igreja. Além disso, sua imagem foi constantemente ridicularizada.
Neodarwinismo
O Neodarwinismo é a teoria moderna da evolução que surgiu em meados do século XX. Ele está pautado nos estudos evolucionistas de Charles Darwin, unido às descobertas da genética. É a teoria mais aceita atualmente para explicar a evolução das espécies.

 Lamarckismo

Teoria Evolucionista segundo Lamarck

Lamarckismo é uma teoria evolucionista proposta por Jean-Baptiste Lamarck. Segundo ele, a evolução das espécies depende de dois fatores fundamentais. São eles:
Lei do uso e desuso dos órgãos ou 1ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, os organismos desenvolvem seus órgãos segundo suas necessidades e outros se atrofiam decorrentes do desuso. Lamarck procurava explicar características no organismo que podem sofrer adaptações por impulsos internos a fim de estabelecer uma relação harmoniosa com o meio ambiente.
Dessa forma, um órgão passa por transformações sucessivas para atender às necessidades do meio externo.
Lei da herança dos caracteres adquiridos ou 2ª Lei de Lamarck
Segundo esta lei, as alterações sofridas no organismo, ao longo da vida de um determinado ser, eram transmitidas aos seus descendentes por herança hereditária. Sabemos que somente por modificações nos genes é que se recebe uma herança de um antecessor, pois o DNA passa o gene para o RNA e este transfere para a proteína.
Quando o gene é transferido para a proteína não há possibilidade de modificar as informações do RNA e do DNA, portanto não existem condições para que tais alterações sejam hereditárias.


Evolucionismo

Evolucionismo é uma teoria que defende o processo de evolução das espécies de seres vivos, através de modificações lentas e progressivas consoantes ao ambiente em que habitam.
Um dos maiores nomes do Evolucionismo foi o naturalista britânico Charles Darwin (1809 - 1882), que desenvolveu no século XIX um conjunto de estudos que deram origem ao Darwinismo, teoria tida como sinônimo do Evolucionismo, consagrando-se como o "pai da Teoria da Evolução".
No entanto, antes disso o francês Jean-Baptiste Lamarck já tinha apresentado alguns estudos que se opunham ao tradicional modelo criacionista, indicando que os seres vivos contemporâneos eram uma evolução de seres mais primitivos. 
Outro fator que favoreceu os estudos de Darwin sobre os de Lamark foi a falta de comprovação científica apresentada pelo francês, enquanto que Darwin passou vários anos viajando e analisando as diversas espécies para publicar a obra "A Origem das Espécies".
A doutrina darwinista diz que os ambientes "selecionam" os organismos mais adequados para habitar determinado lugar, o que Darwin chamou de "Seleção Natural".
As espécies que demonstrarem mais facilidade em sobreviver a determinados ambientes, se multiplicam, evoluem e seus descendentes serão os dominadores daquela região. Os organismos que não forem capazes de se adaptar ao meio ambiente em que estão inseridos, serão extintos.
De acordo com as conclusões de Darwin, sempre existiram variações entre as espécies que proporcionam maior facilidade de sobrevivência em comparação às outras. Estes fatores auxiliam na propagação desses organismos mais adaptados, eliminando os mais fracos.
O chamado Neodarwinismo é uma evolução dos estudos apresentados por Darwin, com a descoberta de novos ramos e ciências, como a Genética e a Mutação. Essas descobertas ajudaram a explicar algumas lacunas deixadas nas pesquisas de Darwin.
Os seres humanos (homo sapiens sapiens), de acordo com o Evolucionismo, teria surgido a partir de um processo de evolução de outras espécies que já foram extintas, como o homo erectus e o homo habilis. Os humanos não descendem dos macacos, como muitos acreditam, mas sim dos ancestrais que deram origem à raça humana e aos demais primatas atuais, por exemplo.

Evolucionismo e Criacionismo

Evolucionismo é a teoria oposta ao Criacionismo, pois não admite a participação de uma entidade ou ser divino na criação das espécies de seres vivos que existem na Terra. 
Para o Criacionismo, a vida seria uma obra de uma entidade divina, enquanto que para o evolucionismo a multiplicidade de organismos existentes é fruto da modificação lenta e progressiva de algumas espécies, através de mutações e evoluções.

REINO ANIMAL - SEMINÁRIO