quarta-feira, 20 de junho de 2018


Reinos

Desde a Antiguidade, diversos modos de classificação dos seres vivos foram propostos a fim de facilitar o estudo sobre esses organismos e de se compreender suas relações evolutivas. Os critérios utilizados para agrupá-los são variados, o que faz com que esses sistemas sejam constantemente modificados e aprimorados.


Os primeiros sistemas de classificação eram bastante simples e, como os recursos tecnológicos eram escassos, baseavam-se nas características macroscópicas de cada ser e seus hábitos de vida. Por essa razão, os organismos foram classificados inicialmente por Lineu em dois reinos: Animal e Vegetal.

Com o avanço da tecnologia, iniciou-se o estudo de seres microscópicos e, com isso, surgiu um uma nova classificação. Em 1866, o termo protista foi proposto para designar organismos eucariontes que não se enquadravam nos reinos Animal e Vegetal. Anos depois os protistas foram promovidos a reino.

Copeland, em 1956, sugeriu a criação de um reino para agrupar organismos que poderiam ser considerados como os mais simples da natureza: as bactérias. Surgia aí o sistema de quatro reinos, bem como o Reino Monera, onde estavam inseridos os seres procariontes.

Posteriormente, em 1969, surgiu o sistema de cinco reinos proposto por Whittaker. Sem dúvidas, esse é o sistema mais utilizado, apesar de existirem outras classificações. De acordo com o sistema de Whittaker, temos os reinos: Monera, Protista, Fungi, Animalia e Plantae.

Reino Monera: Agrupa organismos unicelulares procariontes, ou seja, que possuem apenas uma célula sem núcleo delimitado por uma membrana. Exemplos: Bactérias e cianobactérias.

Reino Protista (Atualmente chamado de Protoctista): Reúne seres unicelulares e pluricelulares, eucariontes, autotróficos ou heterotróficos. Exemplo: algas e protozoários.

Reino Fungi: Agrupa seres eucariontes, que, em sua maioria, é pluricelular, e heterotróficos. Exemplos: Cogumelos, bolores e levedos.

Reino Plantae ou Metaphyta: Engloba os organismos eucariontes, pluricelulares e com nutrição autotrófica. Exemplo: Musgos, samambaias, araucárias e mangueira.

Reino Animalia ou Metazoa: Inclui os organismos eucariontes, heterotróficos e que apresentam nutrição heterotrófica. Exemplo: Homem, cachorro, vaca e aves.

Além dessa classificação, atualmente se admite que todos os organismos estão incluídos em três grandes domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Essa classificação foi proposta por Carl Woese, em 1990, e criada por meio de dados de análise de nucleotídeos de RNA ribossômico.

O domínio Bacteria agrupa todas as bactérias verdadeiras ou simplesmente bactérias. O domínio Archaeae inclui todas as arqueas, que anteriormente eram consideradas erroneamente como grupo basal das bactérias. O domínio Eukarya, por sua vez, é composto por todos os organismos eucariontes existentes, estando inclusos nesse grupo, portanto, os reinos Protoctista, Fungi, Plantae e Animalia.


OBS: Os vírus são um grupo bastante peculiar em virtude da ausência de células. Por isso, eles não são classificados dentro dos reinos dos seres vivos. Vale ressaltar que esses organismos são incapazes de viver sem uma célula, sendo considerados parasitas intracelulares obrigatórios



segunda-feira, 18 de junho de 2018


Nomenclatura Científica


Nomenclatura é a atribuição de nomes (nome científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados. O nome científico é aceito em todas as línguas, e cada nome aplica-se apenas a uma espécie.
Há duas organizações internacionais que determinam as regras de nomenclatura, uma para zoologia e outra para botânica. Segundo as regras, o primeiro nome publicado (a partir do trabalho de Lineu) é o correto, a menos que a espécie seja reclassificada, por exemplo, em outro gênero. A reclassificação tem ocorrido com certa frequência desde o século XX.
O Código Internacional de Nomenclatura Zoológica preconiza que neste caso mantém-se a referência a quem primeiro descreveu a espécie, com o ano da decisão, entre parênteses, e não inclui o nome de quem reclassificou. Esta norma internacional decorre, entre outras coisas, do fato de ser ainda nova a abordagem genética da taxonomia, sujeita a revisão devido a novas pesquisas científicas, ou simplesmente a definição de novos parâmetros para a delimitação de um táxon, que podem ser morfológicos, ecológicos, comportamentais etc.
O sistema atual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o gênero, o segundo, em minúscula, é o epíteto específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do gênero e da espécie é impresso em itálico, grifado ou em negrito, o dos outros táxons não. Subespécies têm um nome composto por três palavras.
Ex.: Canis familiares, Canis lupus, Felis catus.

Nomenclatura popular

A nomeação dos seres vivos que compõe a biodiversidade constitui uma etapa do trabalho de classificação. Muitos seres são "batizados" pela população com nomes denominados populares ou "vulgares", pela comunidade científica.
Esses nomes podem designar um conjunto muito amplo de organismos, incluindo, algumas vezes, até grupos não aparentados.
Animais de uma mesma espécie podem receber vários nomes, como ocorre com a onça-pintada, cujo nome científico é Panthera onca. Outros nomes populares: canguçu, onça-canguçu, jaguar-canguçu




Taxonomia


Hierarquia Taxonômica

Taxonomia é o processo que descreve a diversidade dos seres vivos. Esse processo é feito usando artifícios como a classificação e nomenclatura. A classificação consiste em colocar os indivíduos em grupos com base em alguns critérios. A nomenclatura dá nome aos indivíduos e aos grupos a que eles pertencem. Por isso cada pedaço agrupado desses indivíduos, sejam eles grupos grandes ou um só indivíduo, é chamado de táxon.

Origem

A taxonomia teve início dentro da escola Essencialista-Lineana. Essencialista é a classificação dada para o processo de agrupar táxons por semelhanças compartilhadas. O nome Lineana vem de Carl Linneaus que criou o sistema de nomes usado até hoje, o sistema binomial.

 Evolução

Há uma lógica para que seja feita uma classificação mais coerente possível. Essa lógica seguida é evolutiva. A evolução estipula que os indivíduos se relacionam na descendência deles, que vem de um ancestral em comum. Sendo assim, como há um ancestral comum entre os táxons, a história evolutiva é contada com base nas novidades evolutivas (modificações).

Caráteres taxonômicos

Caráteres merísticos são aqueles com relação às estruturas externa do corpo como por exemplo número de membro, de escamas etc.

Caráteres morfométricos são as medidas de largura, comprimento e diâmetro de estruturas corporais como por exemplo diâmetro dos olhos, comprimento da cabeça. A determinação desses caráteres pode não ser tão precisa por depender de técnicas que correm risco de erros. Outro detalhe é a variação das medidas ao longo do desenvolvimento dos seres (alometria).

Caráteres anatômicos estudam a anatomia dos indivíduos a serem classificados. Isso inclui o esqueleto, órgãos, músculos, vasos sanguíneos etc.

Caráteres moleculares são o DNA (tanto nuclear quanto mitocondrial) e RNA dos indivíduos.

 Sistema binomial

Carl Linneaus criou esse sistema de nomenclatura que se tornou usado mundialmente e unificou a comunicação entre os pesquisadores. Assim foram criados os nomes científicos que são usados para identificar qualquer espécie em qualquer lugar do mundo. Os nomes científicos são compostos por dois nomes que são criados com base no latim. O primeiro nome é sempre escrito com a primeira letra maiúscula e identifica o gênero ao qual aquele indivíduo pertence. O segundo nome é escrito com todas as letras minúsculas e identifica especificamente o indivíduo. Os dois nomes juntos identificam a espécie, como por exemplo o tubarão branco Carcharodon carcharias. Toda vez que escritos, esses nomes devem ser destacados em negrito, itálico ou sublinhados.

 Princípio da prioridade

O princípio da prioridade define que o primeiro nome registrado dado ao indivíduo é o válido e o que deve ser usado. Esse primeiro indivíduo analisado é considerado o indivíduo holótipo. Lectótipo é o indivíduo escolhido dentre um grupo; neótipo é o nome dado o espécime que é colocado para substituir o holótipo em caso de perda; parátipos são os espécimes adicionais usados para a descrição.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

RELATÓRIO - VISITA TÉCNICA SOBRE OS MANGUEZAIS


Alunas: Mylena Geanizelli Barcelos da Silva, Mirele Morais Mayrink.

Relatório:
Os alunos do Centro Universitário São Camilo, Fillipe Steiner Sutil e Gabriela Lima, do 5º período do curso de ciências biológicas, levaram o 3º ano do ensino médio da escola estadual de ensino fundamental e médio Professora Filomena Quitiba para conhecer a região de estuário. Eles abordaram sobre a importância que o estuário tem para a comunidade que vive em volta e para o meio, foi falado sobre as espécies que se utilizam de tal ambiente para sua reprodução e crescimento, espécies que determinam seu ciclo de vida pela fase que ali foi passada. Um exemplo que foi bastante falado foi da Tilápia, que o sexo da espécie é determinado por várias influencias no meio, assim, em caso de alteração no meio, pode ocorrer a extinção da espécie na determinada área.
Na visita técnica, observamos diversos fatores que não condizem com uma conduta correta da sociedade com a natureza, vimos o descarte incorreto de resíduos sólidos, o que proporciona um elevado mal cheiro, e também o aumento de doenças e criadouros de mosquitos. Além disso, observamos carcaças de animais em decomposição que consequentemente atrai animais que comem carniça, o que se dá a alta quantidade de urubus na região, além de todos esses fatores, ainda vimos, um descarte incorreto de um efluente do IFES, despejado diretamente na praia, o que não condiz com uma atitude de uma instituição de tal tamanho.
Após a observação citada acima, caminhamos até o manguezal que está sendo recuperado, ele está em boas condições e com alta quantidade de indivíduos, apesar da baixa quantidade de espécies.

REINO ANIMAL - SEMINÁRIO